Letras Banais, mas sentimentos reais, verdadeiros, pensamentos puros, de uma beleza por vezes não reconhecida!

A morte pré-meditada

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Posted on | By E. Andrade | In


O mundo observado por vários ângulos, paredes quase de vidros, milhões de pessoas em volta com olhares curiosos, incriminadores. Uma única personalidade desconhecida, no meio da cidade onde nasceu, solitária e descontente com a vida.
Seus hábitos sórdidos se resumem a masturbação, cigarros e bebidas. Desde que  começara a morrer o céu deixou de brilhar. O azul virou cinza e o sol parece agora morto. As vezes até o céu chora. Todas as horas são iguais, os dias parecidos - a vida parece que parou de ter sentido.
O mundo é mundo desde de sempre, mas a pergunta é: até quando viverei nele, até quando o veneno que escorre pelo meu corpo vai continuar me matando?
Não há mais prostitutas, nem traficantes, não há mais mundo fora desde apartamento, enquanto tudo explode todos os olhares se voltam para minhas mãos tremulas com o cigarro quase caindo, meus olhos vazios da minha insônia  de dias, meu corpo frágil sem comida, água, só álcool e cafeína. Todos parecem querer saber quem é o coitado moribundo no cubículo vazio de concreto e vidro.
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Ave Bruna

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Posted on | By E. Andrade | In

Com liberdade para ver o que quiser, minha mente simplesmente se limita hoje a ver um único olhar, o único que já me fez tremer, o próprio que me fez ficar apaixonado pela mulher a qual sem hoje eu não vivo.
Olhos castanhos, com uma linda franja cobrindo parte de uma única sobrancelha, deixando a outra intacta. Logo a baixo uma avermelhada maça, macia, que me leva direto aos lábios, os mais saborosos a se beijar, os donos do mais belo rosado em que já pude tocar.
Nem o sol, nem a lua, sem a mais doce bebida, o vinho da melhor safra, trás aos meus lábios gosto tão sublime. A beleza faz meus olhos nunca se cansarei, e quase um hipnotismo deixa minha mente fazia, sem deixar nada em volta chamar a atenção.
As pernas perdem suas forças e quase caiu ao ver o swing de seus delicados quadris vendo em minha direção. O toque de seus finos e macios dedos na pela de minha nuca empina até mesmo o ultimo fio de cabelo do meu corpo. Apenas sua voz é capaz de levar até o mais maravilhoso dos orgasmos minha própria alma.

Isso o que sinto

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Posted on | By E. Andrade | In

Ouço a paixão, clamando meu ser, que outrora desejou rejeita-la, porém agora todas os caminhos que meu olhar possa captar, chegam ao amor. Tão rubro, tão ardente que mesmo o mais ignorante dos tolos, ouviria o gemer do Cupido pelo orgasmo de cada flecha lançada em meu peito.
minhas mãos tremidas, as pernas sem força, o pulsar do peito mais veloz, cigarros não tem mais o mesmo gosto, só em pensar no gosto que têm seus lábios. O álcool não me deixa pior que a falta de seus abraços. Nada mais tem o mesmo toque, o mesmo frescor, o aroma ou gosto, som, beleza, ...
Surpreendentemente me pego hoje pensando em coisas que jamais imaginei que estariam em minha mente. Nada é como antes, quando cigarros, bebidas, mulheres fácies, jogos e apostas me davam a vida que desejada e saciava minha sede de tudo o resto do mundo.
hoje nada parece completo, sinto-me ridículo, um adolescente espinhento que deseja a mulher perfeita e por não se encorajar a perde e passa o resto do seu viver em lágrimas e sorrisos forçados.
Não nego minha atual alcoolizes em meu desrespeito a própria virtude da vida,
mas posso dizer, caso não tenha notado, o Cupido sempre faz um bom trabalho, porém dessa fez ele exagerou na eficiência.

Por que não mais uma crítica drástica?

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Posted on | By E. Andrade | In

Em um ultimo suspiro de sua alma, o olhar fixo no vidro da janela que refletia tudo aquilo que esquecera a tempo, viu a imagem dos antigos velhos em si mesmo. O conservador dentro de si que disse mais alto tudo o que não queria ouvir em sua adolescência.
Isso o fez meditar, pensou por horas e sem explicações pode ver que seu espírito ainda não tinha evoluído, precisava crescer ainda mais, rápido, sem demora, levar a vida de uma maneira mais seria, cigarros e mulheres e bebidas não era mais o bastante para ser feliz.
As musicas melódicas se tornaram mais gemidas que o normal, os gritos de sofrimentos mais alto em seu consciente.
A janela parecia se tornar mais próxima a cada golada no conhaque quente de seu copo. Os que dormiam em volta, mais mortos que já estavam. O chão da rua algo tão macio que imaginou seu grito de terror pelo vôo livre abafado. Nas ruas pessoas sem mente que transitariam por ali, nem ao menos notariam seu crânio esmagado sobre o asfalta.
Tudo aqui pareceu irreal, após abrir seus olhos e se ver cego nas sombras do inferno em que iria para. Se perguntou se sua vida fora pior do que pudesse enfrentar dali para frente. Impetuoso correu em direção ao vidro e saltou.
O berro não veio, se viu voltado por sangue e estilhaços. A música em seu apartamento pareceu silenciar-se por completo. Tudo estava mais calmo.
Fechou seus olhos e resolveu que flutuaria da então para sempre. Para assim fugir de seus próprios demônios, seus pecados contra si mesmo.
Nada mais importava, seus pensamentos, convicções, preconceitos, críticas...
Virou agora o personagem alvo de opiniões.