Letras Banais, mas sentimentos reais, verdadeiros, pensamentos puros, de uma beleza por vezes não reconhecida!

Por que não mais uma crítica drástica?

Posted on | By E. Andrade | In

Em um ultimo suspiro de sua alma, o olhar fixo no vidro da janela que refletia tudo aquilo que esquecera a tempo, viu a imagem dos antigos velhos em si mesmo. O conservador dentro de si que disse mais alto tudo o que não queria ouvir em sua adolescência.
Isso o fez meditar, pensou por horas e sem explicações pode ver que seu espírito ainda não tinha evoluído, precisava crescer ainda mais, rápido, sem demora, levar a vida de uma maneira mais seria, cigarros e mulheres e bebidas não era mais o bastante para ser feliz.
As musicas melódicas se tornaram mais gemidas que o normal, os gritos de sofrimentos mais alto em seu consciente.
A janela parecia se tornar mais próxima a cada golada no conhaque quente de seu copo. Os que dormiam em volta, mais mortos que já estavam. O chão da rua algo tão macio que imaginou seu grito de terror pelo vôo livre abafado. Nas ruas pessoas sem mente que transitariam por ali, nem ao menos notariam seu crânio esmagado sobre o asfalta.
Tudo aqui pareceu irreal, após abrir seus olhos e se ver cego nas sombras do inferno em que iria para. Se perguntou se sua vida fora pior do que pudesse enfrentar dali para frente. Impetuoso correu em direção ao vidro e saltou.
O berro não veio, se viu voltado por sangue e estilhaços. A música em seu apartamento pareceu silenciar-se por completo. Tudo estava mais calmo.
Fechou seus olhos e resolveu que flutuaria da então para sempre. Para assim fugir de seus próprios demônios, seus pecados contra si mesmo.
Nada mais importava, seus pensamentos, convicções, preconceitos, críticas...
Virou agora o personagem alvo de opiniões.

Comments (2)

Como sempre Ed. escrevendo muito bem
você sabe né TE ADMIRO bastante!!!

legal!

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